Texto por Marco Fialho Sidonie no Japão , dirigido por Élise Girard, é um filme insólito dentro do atual mercado exibidor brasileiro, não à toa estreou quase que pró-forma, passando desapercebido tanto pela crítica quanto pelo público. Aqui no Rio de Janeiro está programado apenas para uma única e isolada sessão, nem a presença da atriz Isabelle Huppert fez a obra ser melhor divulgada. Uma injustiça pelo que o filme propõe como experiência cinematográfica. Porém, a diretora Élisa Girard realiza uma obra de imensa sensibilidade e bastante atenta aos detalhes que cada cena proporciona. É desses filmes cuidadosos, calcado em imagens precisas, com planos em sua maioria fixos e músicas que variam sempre a partir de um tema único. Bach e Sakamoto predominam na maior parte do filme. A dupla de atores protagonistas (Isabelle Huppert e Tsuyoshi Ihara) é exemplar e demonstram uma sintonia impressionante. Há uma nítida homenagem de Élise Girard a um certo cinema contemporâneo japonês. Dá pa
Blog de crítica de cinema de Marco Fialho, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema)