Texto por Marco Fialho Em Deixe-me , o diretor Maxime Rappaz pouco deixa transparecer sobre a personagem Claudine (Jeanne Balibar em uma interpretação impecável). Entretanto, não resta dúvida que esse é um filme sobre ela, uma mulher madura, mas que não viveu tanto para buscar a felicidade, sempre oprimida por ter que cuidar do filho com deficiência motora e bastante dependente dela. O marido já se foi e a única pessoa a poder contar é com uma vizinha que uma vez na semana, às terças, fica com o filho para ela sair. Então, as terças se tornam algo simbólico para Claudine, um momento em que pode dividir a sua solidão com homens aleatórios em um hotel nos Alpes suíços. Essas saídas eróticas podem parecer estranhas por não serem atitudes esperadas de uma mulher bonita, elegante e bem vestida. É bom frisar que ela não faz programas, não há dinheiro ou qualquer tipo de pagamento envolvido, o que nos deixa ainda mais surpresos e intrigados com a atitude dela. Deixe-me tem uma estr...
Blog de crítica de cinema de Marco Fialho, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema)