Texto por Marco Fialho As primeiras imagens de Oeste Outra Vez são emblemáticas e elas expressam uma aridez fora do comum para um país como o nosso. Mas essa aridez passa longe do gratuito, ela é um marco de identidade dos personagens que acompanharemos logo a seguir, numa briga a mão, com claro caráter cômico, por conta de uma mulher. E diga-se de passagem que essa é a única e rápida vez que uma mulher aparece no filme. A maior marca de Oeste Outra Vez está na transposição dessa paisagem para uma interiorização dos personagens. É um filme de fora para dentro, onde a paisagem e o distanciamento do território se desloca para dentro do filme com uma força impressionante, esse é o dispositivo que vemos o diretor Érico Rassi aplicar com tremenda eficácia em sua obra. A exploração da aridez do território traz Oeste Outra Vez para o ambiente do faroeste, para a masculinidade desse universo cinematográfico que tanta história fez na cinematografia clássica dos Estados Unidos e...
Blog de crítica de cinema de Marco Fialho, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema)