Texto de Marco Fialho O documentário "Roberto Farias, memórias de um cineasta" além de ser um expressivo compêndio do cinema brasileiro da segunda metade do século XX, se consubstancia como um precioso registro afetivo de uma filha para o seu pai. A diretora Marise Farias assume uma das narrações do filme, enquanto o irmão Reginaldo Farias, se encarrega, de dizer em off, partes do diário de Roberto Farias. Tudo fica em família, aliás uma família para lá de cinematográfica. De fato são muitas memórias ligadas a Roberto Farias: de filmes que dirigiu, produziu, do cargo que exerceu como único cineasta presidente da EMBRAFILME nos anos 1980. E talvez essa seja realmente a maior riqueza de "Roberto Farias, memórias de um cineasta", a de resgatar a ampla importância desse personagem, muito para além de seu papel como diretor, mas igualmente como político na época mais difícil da política brasileira do século XX, o período da ditadura militar pós a decretação do AI-5 (Ato ...
Blog de crítica de cinema de Marco Fialho, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema)