Quando o público tinha um encontro marcado com o nosso cinema Texto de Marco Fialho O ano é 2023, o filme, "Dona Flor e seus Dois Maridos", de 1976, em 35mm. O impacto temporal é imenso, mas o emocional é maior. Depois de quase 50 anos, é natural que a obra fale muito sobre um mundo bastante diferente do nosso, mas o encanto está lá reluzente a nos seduzir. O diretor Bruno Barreto realizou um filme que ainda hoje é uma das maiores bilheterias do cinema brasileiro, com quase 11 milhões de espectadores, ultrapassado recentemente em valores absolutos por "Minha mãe é uma peça 3" (2019) "Tropa de Elite 2" (2010). A primeira impressão que se pode tirar de "Dona Flor e seus Dois Maridos" é de seu frescor narrativo, do quanto prazeroso esse filme se revela aos nossos olhos e corpos. E os motivos são vários. Primeiro, a história cativante de Jorge Amado, temperado por uma brasilidade baiana sedutora. Segundo, pelos protagonistas maravilhosos escalados:...
Blog de crítica de cinema de Marco Fialho, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema)