Texto por Marco Fialho Um dos pontos fortes de Amada , filme dirigido por Elisa Amoruso, é a sua montagem muito bem articulada com o desenvolvimento de duas histórias em paralelo que jamais se cruzam, apesar de estarem completamente conectadas por um único fato, que aos poucos o filme vai revelando. De um lado temos Nunzia (Tecla Insolia), uma jovem universitária que vive uma gravidez indesejada. De outro, temos Maddalena (Miriam Leone), uma mulher com mais de 40 anos de idade, que vem tendo reincidentes abortos involuntários. A diretora Elisa Amoruso une essas duas mulheres com todo o cuidado e sensibilidade possíveis, em um trabalho delicado, onde vamos conhecendo os contextos de vida de cada uma dessas mulheres. Muitas vezes, o uso da montagem paralela define as angústias e dramas de Nunzia e Maddalena, numa confrontação de vida que determinarão seus futuros. Amada aborda um tema eivado pela fragilidade, o da maternidade desejada e a não desejada e Elisa Amoruso busca com...
Blog de crítica de cinema de Marco Fialho, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema)