Texto de Marco Fialho Planeta dos Macacos: O Reinado é um dos melhores filmes, senão o melhor, da nova fase dessa franquia que sempre rende bons trabalhos. A trama revela muitas camadas e discussões interessantes acerca das relações sociais construídas historicamente pelos homens, tendo aqui os macacos como seres modificados geneticamente pelos humanos, o que lhes garantiu adquirir fala, mais inteligência e maior habilidade motora em um mundo distópico, totalmente destruído pelos humanos e dominado pelos macacos. O filme se passa a muitas gerações à frente de Cesar, um líder mitológico desconhecido por muitos no presente, já que os macacos vivem dispersos, divididos por tribos, cada qual com uma organização própria. Noa (Owen Teague) é um macaco que vive com a Tribo das Águias, comunidade de chimpanzés que vive alienada do que acontece após um túnel que leva para um mundo proibido, que eles acreditam ser habitado pelos Ecos (que é como eles chamam os humanos). Mas o grande barato
Texto de Marco Fialho O primeiro ponto que gostaria de ressaltar em Rivais é o quanto o diretor Luca Guadagnino se revela um grande artesão cinematográfico. Creio que o forte do filme seja a direção, a construção dos planos, a câmera e a concepção narrativa consciente que Luca faz quando executa uma cena. Isso independe se o resultado me satisfaz ou não, é apenas um reconhecimento honesto de uma habilidade. Para mim, foi difícil pensar Rivais fora de uma ideia de produto. Isto porque há um acabamento impressionante, um cuidado delicado com cada cena. Rivais não deixa de ser um produto bem embalado, como um comercial de TV bem produzido, apelativo e feito com o propósito de provocar sensações variadas. É um filme típico da atual indústria cinematográfica: caprichar no invólucro para que não se pense tanto no conteúdo. Creio que um dos elementos mais charmosos de Rivais seja a sua câmera, a valorização da estética do movimento. Encantar pelo olhar, pelo cuidado publicitário que cad