Por Marco Fialho "Americanos são barulhentos, parecem animais" Ayako (irmã de Setsuko/Lucy) quando escuta um casal transando no quarto ao lado. "Oh Lucy!" antes de ser um filme sobre pessoas excêntricas se constitui uma bela metáfora sobre sentimentos no Japão do século 21. O projeto do longa se desenvolveu a partir de um curta-metragem com o mesmo nome dirigido pela diretora Atsuko Hirayanagi. O que mais chamou atenção na composição desse filme foi a total integração entre forma e conteúdo. A obra narra uma paixão (parcialmente) platônica de uma japonesa por um norte-americano e essa história é narrada sob o auspícios dos ditames clássicos, isto é, o que é narrado alinha-se peremptoriamente com o como é narrado. Essa simetria transforma "Oh Lucy!" em uma obra instigante e provocadora, mesmo não parecendo numa rápida e primeira leitura. É incrível observar que até mesmo quando o cinema japonês se insinua ao cinema americano ele nã...
Blog de crítica de cinema de Marco Fialho, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema)