Um documento entre o íntimo e o histórico Os filmes realizados a partir das experiências familiares dos próprios diretores, onde eles fazem a narração em primeira pessoa, já podem ser classificados como um subgênero do documentário. Apesar deles terem se proliferado, poucos realmente se sobressaíram para além de registros pessoais e muitas vezes dos seus umbigos. Talvez o mais emblemático aqui no Brasil seja o envolvente "Elena" (2012), da Petra Costa, que suscitou uma avalanche de obras que se ali se inspiraram posteriormente. O risco de levar esses projetos autorreferentes a frente são imensos, afinal, se todos os filmes carregam uma grande carga de subjetividade, imagina um baseado no registro cotidiano de sua família. Outro risco está na montagem desses filmes devido ao farto material proveniente da facilidade de estar perto do objeto filmado, ainda mais agora na era digital. Na 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes eis que surge o documentário "Bem-vindos de novo...
Blog de crítica de cinema de Marco Fialho, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema)