A Hora do Orvalho, do diretor italiano Marco Risi (filho do consagrado diretor Dino Risi), desenvolve a narrativa a partir de dois jovens infratores que recebem como pena trabalhar em uma casa de repouso de idosos. O filme busca retratar as mudanças de atitudes dos dois jovens desde a chegada na casa de repouso até completar um ano de serviços prestados na entidade.
O filme é um drama que procura abordar temas existenciais como a velhice, o suicídio, o uso exagerado das drogas na juventude, doenças incuráveis como o alzheimer, com pitadas de poesias e uma envolvente trilha sonora de Leandro Piccioni, discípulo do saudoso mestre Ennio Morricone.
O encontro das gerações acaba acontecendo em cenas poéticas como a chegada da neve no inverno, as festas do natal e virada do ano, além de bailes regado a danças e músicas da época em que os idosos eram jovens.
O diretor Marco Risi se utiliza de intertítulos para assinalar as estações do ano marcando a temporalidade na evolução da amizade entre os jovens e os idosos. O desenrolar da narrativa acaba levando a um resultado bastante previsível de um melodrama onde o convívio com os idosos ensina aos jovens o valor da vida. A direção não se arrisca em nenhum momento, nem do ponto de vista estético e nem da condução da narrativa, que pode ser considerada até moralista. O espectador é tratado de maneira passiva e pouco desafiadora.
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