Em um ano que os filmes competiram com a imensa satisfação da volta da vida social, ir ao cinema ganhou ares especiais, como o reencontro com outros cinéfilos nos espaços das salas de cinema. Foi um ano rico, cheio de filmes represados e de um circuito que reafirmou um desprezo mercadológico pelos filmes brasileiros. Fazer esta lista é sobretudo salientar a importância do nosso cinema, dos nossos incansáveis artistas, técnicos e trabalhadores de uma cadeia difícil, que precisa, literalmente, matar um leão por dia. As mega corporações do entretenimento avançaram e abocanharam por volta de 90% do mercado e o filme brasileiro, com raríssimas exceções, lutou para ficar uma ou duas semanas em cartaz nas salas de cinema. A política de cota de tela tem que garantir a ocupação, junto com uma melhor política de divulgação (ou de marketing, se preferirem). Falta também uma política mais clara para os streamings, que continuam à deriva em relação à cota de tela, dando pouco espaço para os nossos ...