Um paraíso onde o amor sempre vence Logo na primeira imagem de “Paraíso perdido” não temos dúvidas: estamos em um ambiente de cabaré, com suas luzes de neon e o clima festivo. E para fortalecer ainda as imagens, a música sensualmente dançante e um apresentador nos reafirmam o convite a adentrar no espaço feito para quem é guiado pelo amor, mas que logo se contradiz ao começar com um assassinato. O filme é um mergulho nesse universo ambíguo, subterrâneo e desconhecido, que exerce imediatamente um forte atrativo (ou repulsa) nas pessoas. A imersão nesse ambiente de submundo é realizado por meio de uma profusão de músicas bregas (estilo Reginaldo Rossi), que somadas a uma fotografia de cores incomuns (assinada por Pedro Farkas), rosas com azuis e vermelhos com verdes dão o tom pitoresco e inusitado do ambiente. Os tipos humanos são os mais variados possíveis, como policiais, cantores da noite, manicures, professores, dentre outros frequentadores notívagos. O filme dialoga muito com u...
Blog de crítica de cinema de Marco Fialho, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema)