Documentando o inusitado mundo cor de rosa de D. Guiomar Por Marco Fialho A competitiva da Aurora da 24ª Mostra de Cinema de Tiradentes começou quente com "Açucena", de Isaac Donato. "Açucena" é desses filmes que desde a primeira cena impõe ao espectador um ritmo próprio. Há uma curiosa relação intrínseca que ele cria entre interior/exterior nas cenas. Um filme que incita a dubiedade. Apesar de ser um documentário aparentemente simples, existe um ar de mistério que logo se estabelece, um certo jogo sensitivo, onde o narrar não se mostra de maneira explícita, vai se construindo pelas bordas da inusitada história de D. Guiomar e o seu misterioso mundo cor de rosa. Esse é o gracejo deste filme, o que ele tem de precioso para ser vivenciado. Há um frescor indiscutível que permeia todo o filme, uma alteridade que nos atrai ternamente para as imagens e sons que emanam dele. A câmera fixa e os planos longos, marcas do documentário que se utiliza do dispositivo observacio...
Blog de crítica de cinema de Marco Fialho, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema)